Influência Digital: como evitar compra por impulso?

05/08/2022 00:10:00

3 min e 42 segundos

Na profissão de influencer (termo para influenciador digital), a remuneração vem da capacidade de convencer as pessoas a comprar produtos dos patrocinadores. O negócio é tão rentável que cada vez mais celebridades aderem a este mercado, que paga muito bem.

Basta que eles façam um ou mais posts ou stories — depende do que foi acordado sobre o produto ou o serviço — destacando as supostas maravilhas do que estão mostrando. E é só olhar a conta corrente ficando mais gordinha.

De acordo com o estudo da plataforma de cupons Cupom Válido, com dados da Statista e HootSuite, sobre o poder dos influencers, o Brasil, com mais de 150 milhões de usuários de redes sociais, é o primeiro país do ranking mundial em que esses profissionais são mais relevantes para a decisão de compra.

Você já fez uma compra por influência de outras pessoas?

Mais de 43% da população brasileira já realizou uma compra por influência de uma celebridade ou influenciador digital, uma taxa significativamente maior que outras nações, como 17% no caso dos Estados Unidos.

As pessoas ficaram mais em casa por conta da pandemia e o crescimento da navegação na internet foi quase que natural. Com isso, os influencers que conquistam milhões de seguidores por meio da produção em contas, principalmente do Instagram e TikTok, ganharam cada vez mais notoriedade.

Logo depois do Brasil, na lista, aparece a China (onde nasceu o TikTok), com 34%. Os chineses são os pioneiros no chamado social commerce e live commerce, nos quais os influencers realizam divulgações e lives nas plataformas das redes sociais para divulgações de lojas e produtos. Em terceira posição no ranking mundial está a Índia, com 33%.

Na média, os brasileiros gastam 3 horas e 42 minutos por dia nas redes sociais, o que faz com que sejamos o terceiro país que mais utiliza redes sociais do mundo – somente atrás de Filipinas e Colômbia.

O país também se destaca como o segundo que mais usa o WhatsApp, o terceiro que mais utiliza o Instagram, e o quarto que mais fica conectado ao Facebook. E este tempo todo on-line se torna o palco ideal para as marcas apresentarem seus produtos por meio de pessoas com milhões de seguidores.

Como não fazer compras por impulso?

Ainda que a aquisição de algum produto tenha vindo por influência de uma celebridade, podemos dizer que essa compra foi feita por impulso. Para ficar longe dessa roubada, veja as belas dicas da Inteligência Financeira:

Primeiro, descubra seu gatilho: é um momento de autoanálise para pensar o que te motiva a comprar. É quando bate a tristeza? Quando tem promoção? É sobre um produto específico? Pensa com carinho, porque sabendo seu ponto fraco você se protege. Comprar sapatos é o que te enlouquece? Então, se você se deparar com uma promoção de tênis já se afasta, para de seguir perfis nas redes sociais de lojas de sandálias, vai se distanciando.

Também vale se questionar: “Eu realmente quero? Posso pagar? Eu preciso? O preço está bom?”. Pratique a boa sinceridade e só compre se as respostas forem sim. Ah, e confie na regra da espera e aguarde ao menos 72h antes de comprar de fato. Não custa nada e nesse tempo você avalia se é indispensável mesmo.

E tem as dicas clássicas: tenha um planejamento financeiro para ter controle dos seus gastos e saber quando a compra por impulso se tornar um problema. E faça listas, são ótimas para dar noção de quantidade e você visualizar mais facilmente se está exagerando.

Também é importante ter um objetivo. Ao ter um sonho estabelecido como meta, seja uma viagem ou a casa própria, você controla as compras focando em alcançar o seu propósito. Não teve jeito e comprou, mas agora está batendo o arrependimento? Saiba que o Código do Consumidor te dá um prazo de sete dias para notificar a loja e ter seu dinheiro de volta! Mas para isso é preciso que a compra tenha sido feita fora da loja, ou seja, pela internet, telefone, catálogo, entre outros.


Fonte: Inteligência Financeira

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