O IBGE na festa de Halloween

Eita semana…

Embora o Halloween seja marcado no calendário com a data de 31 de outubro muita gente antecipou para a sexta-feira, dia 27. A criatividade, como de costume, correu solta. Vitrines, restaurantes, escolas e colégios, ruas, avenidas, prédios se enfeitaram (ou se enfeiaram) com fantasias e adereços relativos à temática. Que susto!

Embora divulgado no dia 26, foi no dia seguinte, dia 27 de outubro que os principais canais de comunicação anunciaram os dados. O IBGE também antecipou o Halloween.

O “dia das bruxas” encanta e assusta. Vestuário e maquiagem provocam medo e alegria. Que coisa, não?

Os dados demográficos divulgados pela agência governamental também encantam e assustam.

O jornal O Globo disse que o país caminha para o superenvelhecimento. Dezenas de milhares de brasileiros já ultrapassaram a icônica barreira dos cem anos de vida. E com um detalhe fascinante e alvissareiro: estão, em sua maioria, ativos. Mais um detalhe: as mulheres, essas guerreiras, sobressaem em número.

Quem assistiu Chaves, conhece o filho da Dona Florinda. “E o Kiko”? O que o RPPS tem a ver com o Kiko? Quer dizer, com isso?

Qual a finalidade básica, a missão precípua do RPPS? Garantir o pagamento de aposentadorias e pensões. E o Kiko?

Do jornal O Estado de São Paulo se extrai que o Brasil vai envelhecer em 19 anos o que a França envelheceu em 145 anos.

Ora, ora! População envelhecida e feminina. Proventos de aposentadoria devem ser pagos por um período maior. Mulheres vivem mais. Aposentadorias femininas devem ser pagas por um período maior ainda.

Qual a principal categoria, numericamente, de servidores públicos? Professores. Gênero? Professoras. Redução na idade de aposentadoria. Mais tempo como aposentadas.

Quem quer ser um centenário? Com certeza, a maioria absoluta responde “sim”, com convicção.

Quem quer se aposentar aos oitenta anos? Silêncio ensurdecedor.

Olha a encruzilhada: vida longa, aposentadoria o mais breve possível.

O que fazer? Orgulhar-se do envelhecimento, condenar o “etarismo”, insistir no Programa de Pré-aposentadoria, de Pós-aposentadoria e Envelhecimento Ativo, garantir os direitos da população idosa, garantir os pagamentos das aposentadorias.

E o dinheiro? Essa pergunta vai ficar no ar. Como cantou Byafra, em Sonho de Ícaro,

“Voar voar

Subir subir

Ir por onde for

Descer até o céu cair

Ou mudar de cor

Anjos de gás

Asas de ilusão

E um sonho audaz feito um balão…”.

E o dinheiro? Voar voar, asas de ilusão.

E resposta ( e o dinheiro)? O Brasil vai envelhecer m 19 anos o que a França envelheceu em 145 anos. Será interessante esperar o leite derramar? Ou vale lembrar a canção de Geraldo Vandré? “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

E o dinheiro? A resposta? Carlos Rodrigues Brandão escreveu sobre educação popular e estampou uma frase de um camponês e ela fica como resposta para a pergunta ( e o dinheiro?). “É preciso encontrar saídas onde não existem portas”.